quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rock

O Rock e eu temos história. Na verdade, ele tem história em minha vida, afinal quem sou eu perto desse magnânimo ente que só pode ter sido criado por um semi-deus? A verdade é que ninguém nesse mundo consegue viver sem música, que seja uma batucada com as mãos na mesa de trabalho, sejam os sons de uma cidade, seja uma canção. A harmonia (ou desarmonia) nos agrada desde os primórdios. 

Tem gente que escolhe MPB, pagode, axé etc. Eu não escolhi nada. O Rock me escolheu quando, ainda bem novo, me permitiu gostar do que seria meu primeiro CD desse gênero: RPM ao vivo! Aos 6 ou 7 anos de idade, gostar de RPM é sim um sinal divino de que o Semi-Deus criador de todos os riffs tocou meus meus ouvidos e plantou uma micro-guitarra e um micro-amplificador no meu cérebro. Obrigado, Semi-Deus, este que se manifesta ora como Zakk Wylde, ou Dave Mustaine, ou Dimebag Darrell, ou Joey Ramone... enfim, é uma lista ad eternum.

No Brasil, não me lembro de ter ido a algum show grande de alguma banda que eu sempre quis ver ao vivo. Já fui sim a vários shows enquanto morava por lá, mas eram shows menores ou de coisas que estavam em alta na época. Minto! Já fui em três shows que eu quis sim! Garotos Podres e RxDxPx, ambos em Londrina e Wilson Sideral, no litoral paranaense. Mas me arrependo de não ter guardado recordações, coisa que hoje faço todas as vezes. Quando vou a um show, o ingresso fica arquivado. É o que eu chamo de memorabília pessoal do Rock!

E foi ao chegar na Europa que eu consegui ver esses sonhos realizados, afinal essas bandas sempre viajam o velho continente, mas nem sempre o Brasil. Meu primeiro de todos foi o Korn. Apesar de já desmembrado, Jonathan Davis, Fieldy e Munky ainda estavam lá. E foi muito bom ouvir Twist, Chi, Got the Life etc ao vivo! Pena que não guardei esse ingresso. E não guardei de mais dois shows: Blur, no Hyde Park em Londres (show pra mais de 100mil pessoas no reencontro deles após anos separados...não tenho o ticket, mas o show foi lançado em DVD e eu tenho!) e Blink 182, que basicamente foi minha adolescência, quando o pequeno Rodrigo tocava (mal) baixo e cantava (mal) na Not OK, banda cover de punk rock, junto com meus amigos Ester, Diegão e Maurício.

Hoje, a memorabília segue bem, obrigado! 

Um show impossível de esquecer foi o do Slipknot, aberto pelo Children of Bodom e Machine Head. Primeiro, porque foi em Amsterdam e eu viajei só pra ver esse concerto, que de épico não tem nada, mas de energia do novo metal (não confundam com Nu-Metal) foi completo. E, segundo, foi lá que eu conheci o Machine Head, uma das melhores novas bandas de metal hoje. 

Teve um show do Oasis, na última turnê que eles fizeram antes da dissolução e o Liam Gallagher formar o Beady Eye. O show foi no Heaton Park, em Manchester e se tem algo que nunca desgrudou da minha memória foi o Noel Gallagher cantando "Don't look back in anger" sozinho no palco. Essa versão está no CD Time Flies, uma coletânea lançada logo antes do Oasis acabar. 

Teve um show épico do Sepultura em Dublin, Irlanda. Foi o show que eu fiquei o mais próximo possível de uma banda em toda a vida. Eu estava, literalmente, a um braço e meio de distância do palco. Logo após Escape to the Void, o guitarrista e tricolor Andreas Kisser,  estende o braço em minha direção e, na minha mão, entrega isto:

Não preciso nem dizer que ela é uma palheta de estimação, que fica na cabeça da minha guitarra.

E talvez o maior de todos os show, e o último até agora, foi passar um dia inteiro, debaixo do calor de 30 e poucos graus em Milão pra ver minhas 4 bandas favoritas tocando no mesmo dia. Para mim, Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax definem o Rock. E nesse dia, passei 8h e uma quase desidratação para ver meus ídolos. Adoraria me estender aqui, mas acho que acabarei criando uma nova sessão para o blog, no mesmo tom do "Experiências". Então, mais sobre essas experiências mais pra frente.

O Rock me fez e faz experimentar emoções que nenhum outro ritmo consegue: o choro, a alegria verdadeira, prazer, entre outras. A única emoção que nunca poderei experimentar, infelizmente, é ver uma Dean tocada ao vivo pela lenda do heavy metal, Dimebag Darrell, já que o Pantera acabou há anos e esse foi o motivo de seu assassinato. Rest in Peace!

4 comentários:

  1. Voce foi muito injusto.. esqueceu de um classico. O show do Rappa que fomos em 1997 no Paradiso na época do Rappa Mundi!!!!
    Abs Pire

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  2. Cara, eu neeeeeeem me lembrei disso! Valeu por refrescar a memória!

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  3. Assim que tem que ser! Mas aqui tiveram uns shows bons tb.
    Tem muita coisa que eu gostaria de ver e não vou conseguir. Procura um show do descendents aí pra me fazer inveja! Rancid também serve!

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  4. Nossa....eu tô esperando o Rancid decidir vir pra Europa pra comprar ingresso. Eles já tão em turnê nos EUA, mas pelo que parece não rolou nada ainda do velho continente.

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