domingo, 25 de setembro de 2011

Week-end!

Os super nacionalistas e anti-americanos, também conhecidos como franceses, são um tanto quanto engraçados. Muita gente sabe que os parisienses, por exemplo, são: 1) mal humorados; 2) mal educados e 3) cheios de si.

A começar pelo próprio vocabulário. Já viu o título do post? Então, é assim mesmo que os novos gauleses se referem ao final de semana, definição que até nossos ancestrais lusitanos nos deram de presente, refutando a adoção de uma expressão estrangeira (mesmo sabendo que, sim, nossa língua portuguesa é formada por outras línguas como o latim e o grego). O mesmo acontece com o football e t-shirt. Nós, lusófonos, tivemos a perspicácia de aportuguesar o primeiro e inventar um nome para a segunda. Ponto para nós.

Mal humorados porque mesmo com o melhor verão dos últimos anos, segundo amigos que residem aqui há anos, eles ainda insistem em reclamar do céu cinza e do inverno que está próximo, mas ainda nem bateu à porta. Se bem que, ao contrário do que dizem, a maioria dos franceses está diariamente, quando o tempo permite, frequentando algum parque para tomar sol naquelas pernas que mais parecem ter saído de vidros de palmito.

E mal educados porque são, e ponto. Um exemplo que aconteceu mais de uma vez comigo. Entro numa brasserie ou loja, ou onde for, e sou recebido com um meio-sorriso convidativo, daqueles que você recebe de gente que quer apenas seu dinheiro e não sua simpatia. Na hora em que abro a boca para pedir informação (e não comprar algo), eles literalmente viram as costas e me deixam falando sozinho.

Disse aos amigos da escola que, quando me deparar com essa situação, eu deveria contar para eles a história do casal de franceses que foi morto no Rio de Janeiro quando, por informação errada, foram parar numa favela. Eu deveria explicar que se eles não forem legais comigo, isso pode acontecer com eles quando forem visitar o Brasil. Utilizar a espiral do medo, que tanto ouvi no jornalismo, seria uma forma de convencer esse povo a ser mais prestativo.

Por outro lado, tem vezes que eles são bem prestativos...até demais. Me irrita quando um garçom francês percebe que não sou daqui e responde minhas perguntas em inglês, mesmo comigo me desenrolando ao falar francês. Cadê a arrogância e a repulsa à língua das ilhas da Rainha Elisabeth? Enfim, um pouco frustrante... ou simplesmente sinal de que eu estou indo aos lugares errados, onde turistas chovem à beça.

Enfim, mas isso foi só uma negativa introdução para uma coisa boa. O meu week-end foi de descobertas boas. Primeiro, um bar à vins com preços módicos e uma atmosfera muito muito legal, mas não lembro do nome. A segunda, outro bar à vins que não tem uma carta de vinhos, pois para escolher uma garrafa basta você ir até uma enorme estante dividida por regiões da França, em meio de caixas e caixas de vinho, e pegar sua garrafa. Legal, não é?? E os preços também não são ruins.

O melhor daqui é que o vinho nacional é bom. E também barato. Então comprar uma garrafa de vinho no supermercado por 6 euros não é sinal de dor de cabeça e vinho ruim. Muito pelo contrário. Geralmente a gente se surpreende, e até passa por cima da falta de educação deles. 

2 comentários:

  1. hahahahaha sensacional garoto!!!!!
    abrassss
    Barna!

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  2. Adorei filho!!!!!!!!!!!
    O vinho nacional é realmente bom e não dá ressaca.
    E viva a França e não os franceses!!!!!
    Amo vc.
    Bjos,
    Mamma

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